A palavra Osteopatia não significa tratamento dos ossos, nem doenças de ossos. Este nome foi usado porque o fundador descobriu a importância dos distúrbios ósseos nas doenças. Ele estudou o esqueleto como a base da anatomia, sobre o qual cientificamente baseou seu sistema de tratamento. O significado da palavra é aplicado não somente ao desarranjo de partes ósseas, mas também para distúrbios relacionados com os ligamentos, tendões, vasos sanguíneos, músculos, nervos e qualquer tecido corporal.
Osteopatia é uma ciência aplicada para o tratamento de doenças, sem utilização de drogas. Tendo como principal recurso às mãos, esse trabalho manual tem como objetivo promover uma perfeita interação mecânica. Essa ciência tem como objetivo buscar as relações existentes entre os distúrbios mecânicos encontrados pelo corpo com a apresentação clínica do paciente. É necessário para isso, um grande conhecimento técnico, além de uma grande habilidade manual para identificar e corrigir todos os distúrbios encontrados, promovendo uma harmonia na estrutura corporal. Está ciência é respaldada sobre os princípios de anatomia e fisiologia.
Os Conceitos osteopáticos são embasados nos seguintes princípios:
- O Corpo como uma unidade – O ser humano é uma unidade no qual estrutura, função, mente e espírito são mutualmente e reciprocamente interdependentes.
- Todas as células, tecidos e órgãos do corpo trabalham conjuntamente e devem ser consideradas como uma unidade tanto em um estado de saúde como em um estado da enfermidade. As modificações estruturais anormais ou os transtornos funcionais de cada um dos tecidos, das articulações, dos músculos, das estruturas fasciais ou dos órgãos podem manifestar-se em qualquer parte do organismo. Deste modo, por exemplo, o conteúdo visceral exerce uma importante influência sobre seu envoltório músculo esquelético fascial. Na osteopatia não se atribui maior importância ao psíquico, fisiologia, estruturas fasciais ou as estruturas físicas; cada uma delas pode influenciar por igual nas demais.
- O organismo dispõe de forças que se auto regulam – essas forças se manifestam na regulação homeostática das funções vitais do organismo, a imunidade congênita ou adquirida para combater os agentes patológicos, a recuperação dos tecidos corporais lesados, a correção de lesões provocadas por influências externas prejudiciais e a compensação das lesões irreparáveis. O corpo si esforça constantemente em reter toxinas, desintoxicar e eliminar de forma que, por exemplo, é capaz de continuar funcionando corretamente apesar de haver estado submetido durante décadas a uma alimentação incorreta. Sem descanso, busca e identifica as células envelhecidas ou degeneradas, as destrói e as substitui por células novas. Ataca as bactérias prejudiciais e fabrica anticorpos específicos contra elas. Fecha as feridas e repara as lesões de ligamentos, articulações e ossos. As forças de autocura também dependem dos fatores genéticos e ambientais, da alimentação, do estilo de vida, da estrutura psíquica e do entorno social. A aparição de enfermidades depende das forças de autocura e imunitárias do organismo e da força das influências tóxicas.
- A estrutura e a função se influenciam mutualmente – Para garantir um funcionamento ótimo é necessário que a estrutura seja normal e que o estado de tensão de todos os tecidos corporais seja fisiológico. E contrariamente, as alterações funcionais anormais podem provocar uma piora da função, como, por exemplo, uma redução da vascularização local dos tecidos ou uma má digestão, de forma que em longo prazo se produz o surgimento das enfermidades. Neste sentido, o sistema musculoesquelético e as fáscias tem muita importância para o osteopata. Segundo Still, o sistema vascular e os nervos oferecem uma estrutura integradora e de apoio para a totalidade do organismo.
- O tratamento osteopático integra todos os pontos mencionados anteriormente
Fonte:
- The principles of palpatory diagnosis and manipulative techenique;
- A osteopatia craneosacra, Torsten Liem;
- Fundamentos da Medicina Osteopática;
